Assim como quando leio revistas - da direita pra esquerda - talvez pelo hábito baiano de ser, começarei a narrativa do que fiz nessa última quarta- feira. Nada de especial em ser convidado por uma amiga para ver um filme no cinema. Todos que me conhecem, sabem da minha paixão pelas telas, cronologicamente estamos na semana do festival de cinema do Recife, um dos mais importantes do país. Alice no País das Maravilhas – Tim Burton foi o filme escolhido.
É claro que Alice não concorre a nenhum prêmio das terras de Nabuco, mesmo porque, no centro de convenções não tem “óculos especiais”.
Enquanto isso o mundo já havia assistido Alice, no tupiniquim estréia mundial só depois de meses, fomos então: fila grande + censura 10 anos + cultura + 3D = Pude perceber como o inferno está próximo. Crianças de 8 á 12 anos eram meus vizinhos de poltrona. A irresponsabilidade dos pais toda refletida no lixo jogado no chão e pés nas poltronas da frente.
Interessante os parâmetros para essa nova geração que está ai que acredita que seus limites é não ter limite. E lendo o blog do amigo Uziel Carneiro que fala que cresceu escutando historinhas de contos de fadas, fantasmas e divindades, e afirma que todos terminam amaldiçoados.
Tenho certeza que atrás de cada criança daquela (malcriada) estará um Chapeleiro maluco, ou como se diz na terra Gilberto Freyre: quem sabe o Papa Figo. Mas será que as crianças de hoje acreditam nas historinhas fantásticas?