terça-feira, 31 de agosto de 2010

Coisas de Metrópole.



Quando falamos em cidade grande, Metrópole, qual a primeira imagem que vem na cabeça de vocês? A cidade que você mora? São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Curitiba, New York, Tóquio 東京, Mumbai, Xangai, Buenos Aires, Ciudad de Mexico ?
Na minha, vem Recife. Pois é justamente por viver nela que vou contar algo muito inusitado que aconteceu hoje.
Moro no bairro das Graças, região central do Recife, que naturalmente possui um trânsito bem complicado. As ruas que no século 18 abrigavam mansões, hoje abriga altos arranhas-céus, onde na lógica de que cada casa que tinha em média 5 quartos, 2 banheiros, e no máximo 1 carro, hoje abriga um prédio de 25 andares com 30 apartamentos cada um com: 3 quartos + 3 banheiros + 2 vagas na garagem, gosto de falar dos banheiros porque o esgoto que temos não foi planejado para essa população, e mais de 60 carros. Faço toda essa complicada comparação só para lembrar como se constroem as grandes cidades.


Pois bem, indo para Universidade no coletivo super lotado, o que é comum nessa linha, entro e não consigo passar pela catraca. O motorista muito resmungão falando da quantidade de pessoas e o quanto elas são impacientes para esperar outro coletivo. Até ai tudo em quando o inusitado acontece. Uma pessoa com características de surtado começa a gritar no ônibus: VOU ATIRAR EM TODO MUNDO AQUI - QUE INFERNO - TÁ MUITO APERTADO, EU VOU METER BALA EM TODO MUNDO.
Após esse disparate o motorista parou o ônibus e abriu as portas. Rapidamente muitas pessoas desceram do coletivo, isso acabou deixando o ônibus um tanto que vazio.
Imaginem a cena, todos em pânico achando que o homem surtado que esbravejava estivesse armado. é isso que acontece nas metrópoles. Cada dia, cada lugar uma história louca. E me pergunto até quando vamos suportar essas coisas? Caos, gritaria, poluição ...
E para intrigar mais ainda. Quando é que Recife vai se tornar uma metrópole de verdade?





domingo, 22 de agosto de 2010

Protesto



Estou em Natal e num domingo nublado preferi ficar esta manhã no quarto do hotel, lendo revistas como a Veja, Época e Carta Capital para saber das últimas notícias da política nacional e numa tentativa de analisar o mesmo fato sobre as óticas de esquerda e de direita. Sim, esta divisão política de esquerda e direita ainda existe no mundo globalizado, ou pelo menos, no Brasil.


A Carta Capital é uma revista de esquerda e as outras duas claramente de direita (Na Veja chamam até o PT de bolchevique). A última vez que vi esse termo “bolchevismo” foi quando desenvolvi um trabalho sobre capitalismo e socialismo ainda no colegial. E faz tempo, hein!!


Mas o pior não é isso. É claro e notório que revistas não são livres de pensamento, afinal seus proprietários e editores são pessoas que carregam suas crenças, valores e idéias. E no negócio das revistas está claramente identificado o interesse de seu proprietário. O pior que quero relatar é a impossibilidade de fazer um comentário sério sobre uma reportagem na revista VEJA, do qual você não concorde. A revista Época ainda publica um comentário contrário à sua editoria, o que me pareceu positivo diante da liberdade de expressão que a imprensa tanto prega.


Quanto à revista VEJA, já tentei publicar diversos depoimentos contrários e nenhum deles publicados. Onde está a liberdade de expressão??


Vale salientar que todos os meus comentários foram respeitosos e com linguagem inteligente e clara, contestando os fatos ali relatados. Quando se lê os comentários aprovados, percebe-se que são de leitores claramente neoliberais. E onde fica o contraditório e a ampla defesa dos leitores que não se identificam com os valores do DEM e PSDB??


O PT e sua candidata são reduzidos a idiotas, incompetentes e ditadores de esquerda. E onde fica a ditadura de VEJA?


Você agora pode se questionar porque eu ainda teimo em ler e escrever depoimentos na VEJA. Bom, porque sou teimoso mesmo e creio em meu direito de ser contrário ao que ali está escrito. Porque antes de criticar algo, preciso mesmo ler e compreender o que pensam os contrários. A diversidade de pensamento é sadia e válida para nossa recente democracia, então senhora VEJA permita que os seus opositores declarem suas idéias. A senhora já tem poder demais com sua imprensa de direita!!


By Fernando Cisneiros

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Maré do Dia : O Efeito Borboleta


Hoje ao chegar em casa, me informando sobre as noticias do dia, fico sabendo que o avião de Xuxa haveria caído no mar. Essa informação me deixou rapidamente angustiado, tendo em vista que acompanhei a carreira da apresentadora toda a minha infância. Me aprofundando sobre o assunto descubro que ela não estava no avião e que felizmente todos os tripulantes saíram ilesos do acidente.




Hoje também, saindo do curso de especialização, após debater e refletir sobre os processos históricos da concepção do Sistema de saúde brasileiro, no estacionamento do campos da universidade percebo uma colega angustiada no estacionamento, um dos pneus do seu carro estava murcho. Em coletivo juntamos os esforços para ajudar a colega solucionar a troca do pneu o mais breve possível.

Para minha surpresa quanto chego no carro da minha carona cadê o carro pegar? O carro não ligava, a bateria do carro estava descarregada. Sem muito aperreio vamos fazer o protocolo padrão para essa ocasião: Não funcionou com EMPURRÃO!! No campus escuro, os estudantes indo embora, interessante a agonia que dá quando deparamos em uma situação emergencial. E isso estamos falando da agonia de profissionais da saúde, acostumados ao estresse de uma sala de emergência. "se fosse no hospital eu saberia o que fazer" disse a colega.

Após uma "chupeta" com o outro carro do colega o carro volta a funcionar. Ufa!! podemos ir para casa. Mas o que quero mesmo falar é sobre a teoria do EFEITO BORBOLETA. Tentando relacionar um acontecimento inusitado a alguma razão. Nesse sentido o simples bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo. Então a minha pergunta é : Será que o pneu furado do avião de Xuxa, que estava vindo para Recife, influenciou no pneu furado da colega e na descarga da bateria da outra?

Sei que esses episódios é apenas um exemplo das inúmeras e milhares de coincidências que acontecem no mundo todos os dias, assim quero aqui estigar a contarem suas histórias sobre o assunto. Como trilha sonora vai The Who com a música Who are you?

Abraços!!!